Na ocasião, além de assistir à cerimônia de abertura oficial , também pude visitar em primeira mão as exposições no prédio da Fiep - Cietep. Neste local várias exposições estão instaladas, mas a principal da Bienal chama-se Design, Inovação e Sustentabilidade, com curadoria Geral de Adélia Borges.
Para minha surpresa, nosso Estado está muito bem representado por cinco trabalhos. Sendo que três deles são de ex-alunos da UEPA: Linha de Brincos Fáscino, em prata e cd, minha criação; Linha de Sombrinhas estampadas "Sombrinhas para Belém" de Verena Botelho; Linha de Embalagens Ecológicas "Etus" de Mariana Faro e Naila; um de uma agência de Design e Publicidade e o outro de uma criação popular e coletiva, o Bicitaxi da cidade de Afuá. (mais fotos no meu facebook).
Esta participação significativa é um marco no Design Paraense que de dez anos prá cá vem se firmando no cenário nacional, seja com produtos ganhando o mundo, como também através de premiações em vários tipos de concursos e exposições.
Espero que na próxima Bienal que acontecerá em Belo Horizonte muito mais designers atentem para a importância de inscreverem seus projetos e desta forma além de obterem reconhecimento também representarem a Região Norte, e o nosso Estado do Pará no universo do design.
A exposição Reivenção da Matéria me chamou muita atenção com dois sentimentos bem opostos: o primeiro de orgulho, por todo aquele material natural exposto na exposição existir em abundância em meu Estado: o Tururi, o Curauá, o couro de peixe, o latex, e os demais.
O segundo sentimento foi de revolta, porque o "povo daqui" não valoriza o que têm, inclusive o próprio designer local despreza a riqueza que tem na hora de escolher o material para seu produto. Me pergunto até quando será necessário o olhar do "de fora" valorizar priemiro para depois nós prestarmos atenção? Quando não, até quando nossas riquezas serão "levadas" e farão sucesso por outros?
Nesta exposição, pelo menos, para exemplificar a aplicação dio material no produto, alguns produtos de produção no Estado foram usados como o vestido com curauá da Manufatura, o chapéu do grupo Tururi de Muaná, as esteiras de fibra de bananeira.
Parte da exposição que aborda a reutilização de materiais sintéticos descartados. Nesta parte da exposição, pude entender o quanto está sendo importante o trabalho de dar novas utilizadades à materiais que antes só aumentavam a problemática do lixo urbano.
Com certeza esta é uma linha de atuação muito forte na atualizadade, e também pouco explorada no Pará.
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